MUM
Museo do Meio Ambiente
Rio de Janeiro, Brasil
2010
Nossa proposta privilegiou o essencial: a integração da natureza existente de valor patrimonial, com novos caminhos, ativados por usos e experiências inéditas e tecnologias pré fabricadas no novo edifício. Para abrigar o museu unificamos o programa em somente um edifício, permitindo assim, gerar uma unidade inteligente formada pelo prédio existente e seu novo par
AWARDED PROJECT












★ Segundo Premio Concurso Nacional Brasil
Hoje em dia, o jardim de Pacheco Leão é de traçado romântico amarrado a uma série de traçados funcionais e retilíneos, gerados por sucessivas intervenções. Nossa proposta privilegiou o essencial: a integração da natureza existente de valor patrimonial, com novos caminhos, ativados por usos e experiências inéditas e tecnologias pré fabricadas no novo edifício, objetivando a racionalização dos materiais.
O desenho desse novo jardim é marcado por linhas sinuosas, acomodadas a topografía existente. Propositalmente sua hierarquia é frágil, aberta ao descobrimento. Os caminhos não estão pré-determindados, não se impõem um sentido único. Ao contrário, se maximizam as combinações, em uma lógica de “hiperlink”: cada curva leva a várias outras e assim sucessivamente. O espaço de caminhar é contínuo, rodeado pelas espécies naturais, forçando, por vezes, passagens estreitas e inusitadas sugestivas ao descobrimento. Além disso, ganha destaque o valor educativo, pois a flora existente, com sua diversidade são os protagonistas. Sob a sombra e proteção das árvores acontecem as rodas de conversas, jogos ou simplesmente o contemplar solitário. A fim de evitar a impermeabilidade do solo, prejudicial ao meio natural, propômos como pavimentação um recurso tradicional, consagrado na arquitetura brasileira: pedra portuguesa. Esta pavimentação de herança colonial, recobrirá os caminhos, conectando espaços e tradição – passado e presente.
Para abrigar o museu unificamos o programa em somente um edifício, permitindo assim, gerar uma unidade inteligente formada pelo prédio existente e seu novo par. A intervenção é pensada como um todo, readequando o edifício existente as novas necesidades compartilhando serviços e permitindo dessa forma o uso mais racional de todo complexo. Salas de exposição de grande duração se interconectam com exposições efêmeras, movendo-se para gerar pares de funcionamento e circuitos inteligentes. A conecção entre os blocos se dá por pontes que cruzam o vazio gerado entre o existente e seu PAR funcional. No nível do solo surge uma esplanada que abriga a praça e o auditório ao ar livre, ativada em alguns casos por projeções exteriores geradas pela administração da cantina.
Pensamos o museu como uma experiência, como um espaço interativo, onde o próprio ato de percorrer seja a vivência da exploração do lugar assim como o jardim e o Arboreto. Contudo, o novo edifício do MUMA também se caracteriza como um grande mirante e neste ato de percorrer, o museu é a materialização da complexidade que nos rodeia. Esta experiência reforça a consciência de que o meio ambiente não somente está associado a nosso entorno, como é o próprio entorno e a interação com ele nos define.
MAPA
Sócios: Luciano Andrades, Matías Carballal, Rochelle Castro, Andrés Gobba, Mauricio López, Silvio Machado, Álvaro Méndes.
Equipe de projeto: Emiliano Etchegaray, Gabriel Giambastiani, Carolina Guida, Aldo Lanzi, Sebastian Olivera.
Colaboraron en concurso: Martín Pronczuk, Santiago Saetone, Ken Sei Fong.
Renders: MAAMMEDIA