MGR
Museu Gonchi Rodríguez
Carrasco, Montevideo, Uruguai
2020
Um diálogo sensível: A herança em diversas escalas. Proposta submetida ao concurso do Museu Gonchi Rodríguez.











UM DIÁLOGO SENSÍVEL
A herança em diversas escalas.
O concurso do Museu Gonchi Rodríguez propõe um projeto estimulante e inusitado para o ambiente uruguaio, somado a um tema, também inusitado, que forma parte da memória coletiva e emocional do país: a vida do piloto de corridas Gonchi Rodríguez.
Além disso, o concurso propõe formar um novo conjunto com arquiteturas existentes de carácter singular e de qualidade patrimonial, criando uma responsabilidade de imaginar um projeto típico do nosso tempo, mas que simultaneamente constrói pontes inteligentes com legados de outrora.
Dar uma resposta projetual contundente, simples e sensível ao ambiente exige a busca de diálogos que abordem o patrimônio a partir de múltiplas escalas complementares e que sejam mediadores de operações cuidadosas, mas sem deixar de ser proposicional e contemporânea.
UM “TAJAMARISMO” RELACIONAL
A escala do patrimônio paisagístico.
Abordar o desafio locativo do projeto a partir de um “tajamarismo” relacional implica operar através do gesto geométrico, concreto, mas potente, de uma nova artificialidade topográfica.
O círculo como peça, fruto desta ação, alberga uma paisagem nova / velha que respeita o existente (por não querer se impor), mas sem procurar imitá-lo. Esse “tajamarismo” está mais ligado à memória histórica e ecológica do lugar do que ao que vemos hoje.
Por sua vez, o círculo será o novo articulador de um parque que busca se reconectar para recuperar sua condição pública e seu papel de bairro.
UM DIÁLOGO TECNOLÓGICO
A escala do patrimônio arquitetônico.
A nova construção do Museu Gonchi Rodríguez nunca será uma construção solitária. Sua gênese será relacional, fruto de um ambiente repleto de significados e condicionantes, como é o caso de seu histórico edifício-irmão projetado por Antonio Scasso há oito décadas.
Tendo laços fortes, mas não evidentes, entre as duas arquiteturas, as estruturas dialogam pelo arranjo de suas resoluções tecnológicas em madeira e aço.
Como sistemas de peças montadas, são projetados para cobrir os espaços do parque e dar um suporte eficiente aos eventos coletivos que ali acontecerão.
DO PROGRAMA AO EVENTO
A escala do patrimônio cultural / emocional.
Os programas necessários ao funcionamento do espaço dedicado à história da vida de Gonchi estarão presentes, mas os seus limites serão difusos. O pavimento térreo do novo edifício será uma extensão aberta, integrada ao parque e focada nas experiências dos visitantes, tendo como protagonista os eventos que ali decorrem.
Por sua vez, a área do Museu da Mobilidade Rodoviária funcionará como uma sala suspensa, independente e escurecida, edificável na segunda fase do projeto, destinada a abrigar instalações tecnológicas de última geração e fazer com que quem a percorra se sinta imerso em uma experiência educacional que gera memórias duradouras.
MAPA
Sócios: Luciano Andrades, Matías Carballal, Andrés Gobba, Mauricio López, Silvio Machado.
Equipe de Projeto: Pablo Courreges, Diego Morera, Victoria Muniz, Emiliano Lago, Sebastián Lambert, Martina Pedreira, Fabián Sarubbi, Alejandro Cuadro, Emilia Dehl, Flavio Faggion, João Bernardi, Débora Boniatti, Juliana Colombo, Lucas Marques, Helena Utzig, Amanda Cappelatti, Pedro Reichelt, Cecilia Leonardelli.
Colaboradores:
Estudio Bulla (Arquitetura da Paisagem)
Vulk (Imagens)