M#1
Mapa em Branco #1 Pelenur/Craciun
Montevidéu, Uruguai
2017
Quadrado de Algo é o resultado do diálogo entre o escritório de arquitetura MAPA, o artista Martín Pelenur e Martin Cracium. A apresentação/ação toma como ponto de partida os interesses comuns do artista e dos membros do escritório de arquitetura: a geometria e a reflexão sobre as capacidades físicas dos materiais e dos espaços.










Quadrado de Algo é o resultado do diálogo entre o escritório de arquitetura MAPA, o artista Martín Pelenur e Martin Cracium. A apresentação/ação toma como ponto de partida os interesses comuns do artista e dos membros do escritório de arquitetura: a geometria e a reflexão sobre as capacidades físicas dos materiais e dos espaços.
O espaço físico do MAPA no edifício Panamericano serve de suporte para sua realização. A intervenção propõe, em sua realização, uma metodologia, um processo de trabalho manual e a repetição de um grupo de instruções para gerar uma estrutura, ou um conjunto de partes e relações, que afetam o espaço.
Como Sol LeWitt explica em Paragraphs on Conceptual Art (Artforum, 1967) “Uma forma conceitual de arte, em que toda o planejamento e as decisões são tomadas de antemão... A ideia se converte em uma máquina que faz arte”. Lewit diferenciava a arte que era voltada para o olhar da arte conceitual, que poderíamos chamar de Perceptual. Quadrado de Algo utiliza estratégias da arte conceitual para formalizar um projeto de ativação espacial mediante a utilização de premissas e instruções.
Premissas:
- Trabalhar com estruturas de papel
- Utilizar o quadrado e sua diagonal
- Não cortar o papel
- Não utilizar adesivo
Quadrado de Algo supõe um período de investigação e experimentação sobre o material para obter o padrão modular; elemento principal da intervenção. Esses módulos são compostos de folhas de papel dobradas segundo as instruções desenvolvidas pelos idealizadores do exercício. Ao ser repetido, combinado e instalado esse módulo produz o efeito buscado.
As instruções deixam espaço para a subjetividade da pessoa que realiza o trabalho. Consequentemente, o processo de intervenção contém várias etapas que resultam em uma experiência similar ao do ateliê de projeto. O trabalho varia ligeiramente e ganha importância em cada nova interação, de acordo com as limitações e as escolhas de quem o realiza. Isso lhe concede um aspecto “subjetivo” que gera variações nas execuções segundo cada pessoa.
A instalação converte-se no fim enquanto a forma é o meio. A intervenção provoca uma transformação espacial física evidente, mas, no entanto, a partir de sua leveza, propõe uma experiência associada a percepção que resume as vocações de ambos os coletivos.
-texto por Martín Craciun.
MAPA EN BLANCO #01
Martín Pelenur, Martín Craciun (Curadoria)
Participarão da ação: Alejandro Cuadro, Mariana Díaz, Marie-Lise Hofstetter, Romina Mangini, Verónica Mieres, Victoria Reibakas, Berenice Valla
Video: Martín Craciun
Imagens: Tali Kimelman, MAPA
Agradecimentos: Familia Traversa, Heineken, Alushop
MAPA EM BRANCO é um canvas esperando para ser desenhado e delineado a partir de múltiplos aportes.
É uma iniciativa que promove encontros com diversos convidados, pensados a partir da arquitetura com o objetivo de redefinir os limites disciplinares e enriquecer os olhares sobre uma realidade cada vez mais complexa.
A agenda promove 4 eventos anuais onde são exploradas as oportunidades do inédito. Com a premissa da construção de algo novo, de desencadeia um processo onde a ferramenta é o diálogo.
MAPA EM BRANCO abraça o processo e as ideias, o que se sucedeu e o que está em nascimento.
Direção e Curadoria: Diego Morera, Luciano Andrades, Matías Carballal, Andrés Gobba, Mauricio López, Silvio Machado
Direção Executiva: Diego Morera, Mauricio López
Media Partners: ARQA/UY, mirámamá